Outra concorrência

Quando foi contratado como ídolo do Santos no inicio da temporada passada, o meia Elano não imaginava que passaria no clube umas das piores fases de sua carreira. O atleta, que perdeu a posição de titular antes da estreia do time na Copa Libertadores, não foi utilizado sequer no ‘mistão’ escalado pelo técnico Muricy Ramalho no jogo contra o Bragantino no último domingo, na Vila Belmiro.

Além disso, o jogador, que se tornou uma espécie de 12º titular após perder a posição para Ibson, terá de enfrentar a ameaça de Bernardo, atleta que atua na mesma posição e foi emprestado ao Santos pelo Vasco até o final desta temporada.

No entanto, mesmo antes de Bernardo adquirir condição de jogo, Elano começou a perder mais espaço no Santos. Na última rodada do Paulistão, Muricy poupou Ibson e deixou o camisa 7 no banco de reservas. Mesmo assim, Elano não foi utilizado, pois o treinador optou por escalar o volante Adriano.

No segundo tempo, Muricy colocou Ibson e Borges na vagas de Henrique e Alan Kardec, respectivamente. Já Elano continuou no banco de reservas e não foi utilizado na partida.

Durante os treinos do Santos, Elano nunca mais foi testado entre os titulares, e só treina na equipe reserva. Desta forma, o meia ficou mais distante dos principais jogadores do time, que costumam ter outra rotina de treino. Na última terça-feira, enquanto os titulares faziam um treinamento leve na academia, Elano realizava sua atividade com os reservas e juniores do clube no gramado do CT Rei Pelé.

Já Bernardo só poderá ameaçar Elano no Campeonato Brasileiro. Os dirigentes santistas, no entanto, tentam convencer a Conmebol para inscrever o jogador na próxima fase da Copa Libertadores da América – caso o time se classifique entre os dois primeiros colocados do grupo 1.

Bernardo não jogou pelo Vasco, mas foi inscrito com a camisa 20 e ficou no banco de reservas na partida contra o Nacional, do Uruguai, em São Januário. No regulamento publicado no site oficial da Conmebol, está escrito: “Um jogador não poderá atuar por mais de um clube no mesmo Torneio”. A diretoria santista alega que a frase dá dupla interpretação e briga pela inscrição do ex-vascaino.